A bola parada foi a arma do Rubro-Negro carioca contra o campeão da Copa do Nordeste


A escalação titular que Jorginho encontrou há três jogos segue com 100% de aproveitamento. Muito com a ajuda de Renato Abreu. Com dois gols de falta - o 25º pelo clube -, o apoiador voltou a ser decisivo na noite desta quarta-feira, na vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Campinense, pela segunda fase da Copa do Brasil. 


Em Campina Grande, na Paraíba, a bola parada foi a arma do Rubro-Negro carioca contra um time que foi campeão da Copa do Nordeste sem ser vazado em casa e classificado como "osso duro de roer" pelo técnico Jorginho. Mesmo maioria no estádio, os rubro-negros paraibanos foram da euforia ao silêncio. O resultado, porém, não elimina o jogo de volta no Rio de Janeiro, com possibilidade de ser no Maracanã, ainda sem data marcada.
Eliminado do Campeonato Carioca, o Flamengo aguarda a próxima partida da Copa do Brasil, quando jogará pelo empate para passar de fase. Se o placar se repetir a favor do adversário, a decisão vai para os pênaltis. Já o Campinense, que precisará da vitória por dois gols de diferença - ou por um gol de vantagem, desde que marque dois ou mais fora de casa -, volta suas atenções para o Campeonato Paraibano. Neste domingo, o time recebe o Sousa, no Amigão.

Campinense usa a sorte, Fla aproveita falha
Com 75% do estádio, a torcida anfitriã fez sua parte, lotou o Amigão e jogou junto com o time desde o início. Alternava gritos de incentivo e vaias a cada posse de bola do Flamengo. Só que mais importante que o apoio da arquibancada para o Campinense foi o fator sorte. A bola mal rolou no gramado irregular do estádio Amigão e saiu um gol. Aos cinco minutos, Jéfferson Maranhense arriscou de longe um chute torto, sem endereço, mas que desviou nas pernas de Renato Santos e matou o goleiro Felipe.

 A vantagem relâmpago levou os rubro-negros paraibanos ao delírio, e o time, para a retranca. Com marcação atrás do meio de campo, os donos da casa cederam o campo ao adversário e chamaram os cariocas para o ataque.


Com Hernane cercado e pouco espaço para criar, as opções do Fla eram as subidas de Elias e a velocidade de Rafinha. 
A segunda alternativa deu mais resultado. Caindo pelos dois lados do campo, o rápido atacante construiu as melhores chances, inclusive a do gol de empate, ao sofrer falta na entrada da área. Com Renato Abreu, as bolas paradas voltaram a ser decisivas, mesmo com um laser da torcida local atrapalhando a visão do apoiador. Na primeira cobrança, o camisa 11 carimbou o travessão. 

Na segunda, estufou a rede após falha clamorosa de Pantera, que tentou encaixar a bomba no meio do gol, aos 27 minutos. A animada torcida se calou, e o Campinense, que só teve três finalizações no primeiro tempo em chutes de longe, só não saiu no prejuízo porque Amaral, aniversariante do dia, furou o arremate na área após uma das poucas jogadas do Brocador.
Renato Abreu repete a fórmula, e Fla vira
As equipes volatram modificadas para a etapa final, mas por motivos diferentes. Aparentemente satisfeito, Jorginho trocou Amaral, com incômodo muscular, por Luiz Antonio. 

Já Oliveira Canindé, reclamando da passividade da equipe, mexeu na defesa e no ataque. Com Luis Paulo, o Campinense até apareceu mais à frente. Mas atrás, Tiago Granja não conseguiu impedir o volume de jogo do Fla, que com menos de dez minutos perdeu duas ótimas oportunidades: uma com Léo Moura, num chute rente à trave, e outra com o pé direito de Renato Abreu, por cima do travessão. 
Nada que o pé esquerdo não resolva. Aos 14, em nova cobrança de falta - sofrida pelo próprio jogador após arrancada do campo desde o campo de defesa -, colocou a bola no ângulo de Pantera, que ainda chegou a tocar na bola.
Após falhar no primeiro gol, Pantera foi responsável por evitar a eliminação precoce do Campinense. Mesmo com defesas atabalhoadas, ele salvou os chutes de Gabriel e Hernane. 
No Flamengo, Carlos Eduardo substituiu um axausto Rafinha e, mesmo sem justificar ainda sua contratação, mostrou maior mobilidade. Nixon entrou já no fim, no lugar de um aplaudido Renato Abreu, mas pouco pode fazer. Quem teve a chance de ouro de eliminar o jogo de volta foi González, aos 47 minutos. Mas a cabeçada do chileno acertou o pé da trave. No fim, a minoria torcida do Rubro-Negro carioca conseguiu ofuscar a maioria com gritos de "olé".
Globo.Esporte 

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