Complexo vai gerar R$ 500 milhões

Referência nacional em tecnologia, Campina Grande também está entrando no milionário mercado da produção de equipamentos hospitalares com a instalação do Complexo Industrial da Saúde, anunciada pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O empreendimento vai movimentar cerca de R$ 500 milhões nos primeiros cinco anos de funcionamento da 'fábrica-escola', que vai atender a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS).



O valor é referente às encomendas já previstas pelo Ministério da Saúde, de acordo com o coordenador do Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes) da UEPB, professor Misael Morais, responsável pelo projeto. “A previsão do SUS é comprar um volume de equipamentos na ordem de R$ 500 milhões nos primeiros cinco anos, sendo R$ 100 milhões por ano”, explicou. A meta é produzir cerca de 15 mil máquinas hospitalares por ano.

A fábrica vai receber cerca de R$ 130 milhões em investimentos para transferência de tecnologia visando a instalação da unidade de produção, que vai funcionar no campus I da UEPB, no bairro de Bodocongó. Os recursos serão injetados no empreendimento através de convênios firmados entre a UEPB e o Ministério da Saúde, mas também com financiamento da Agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).

O empreendimento deverá gerar cerca de 250 empregos diretos. “Teremos de contratar mão de obra especializada em tecnologia, como engenheiros e técnicos em eletrônica, o que com certeza terá um impacto na economia local. A questão da saúde é importante não apenas por cuidar das pessoas, mas é também um vetor de desenvolvimento e geração de emprego e renda”, afirma Misael. As contratações deverão ser feitas no regime CLT.

Uma fundação será criada para administrar a fábrica escola, que será vinculada à UEPB mas terá autonomia de gestão. O complexo vai produzir inicialmente dois tipos de equipamentos: monitores multiparamétricos e desfibriladores cardíacos digitais. Os monitores são usados em centros cirúrgicos e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para acompanhar os parâmetros que indicam o estado de saúde do paciente, a exemplo da pressão arterial, respiração, temperatura e frequência cardíaca. Já o desfibrilador é usado para reverter paradas cardíacas.

UEPB SERÁ PIONEIRA NO PAÍS COM PROJETO

Com o projeto, a UEPB será pioneira em todo o país como a primeira Instituição de Ensino Superior (IES) a possuir uma unidade fabril de equipamentos médico-hospitalares. No último dia 11, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o reitor da UEPB, Antônio Rangel Junior, assinaram em Brasília três convênios para a liberação de R$ 17,1 milhões em recursos federais para a instalação da fábrica, com contrapartida de R$ 1,2 milhões da universidade.





O objetivo da parceria entre o governo federal e a UEPB é reduzir os custos da aquisição de equipamentos para a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o SUS precisa recorrer exclusivamente a empresas privadas para a compra das máquinas.

O reitor Rangel Junior e destacou que o empreendimento vai alavancar o desenvolvimento regional. “A formalização destes convênios coloca a UEPB, definitivamente, no mapa das instituições com crédito e confiança no campo científico e tecnológico voltado para a área da saúde”, destacou. O Complexo vai ocupar uma área de 5.920 metros quadrados distribuídos em quatro pavimentos.

Os convênios estão vinculados ao Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes) da UEPB, que é um centro de especialização em engenharia biomédica, apto a executar atividades nas áreas de Engenharia Clínica, validação de software embarcado em equipamentos médicos, design e manipulação de imagens médicas. O Nutes vai executar parceria com o Instituto Fraunhofer da Alemanha e com a empresa Life Med para transferência tecnológica na fábrica.

http://www.jornaldaparaiba.com.br/no...rs-500-milhoes

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