Paradas de ônibus danificadas


Depredação das paradas de ônibus, prejudica quem precisa do serviço e demanda mais gastos ao poder público



Vândalos colam cartazes, picham e destroem abrigos, prejudicando toda a população


Bancos de paradas de ônibus quebrados, coberturas danificadas e estruturas de ferro para afixação de cartazes publicitários retorcidas. A situação de abandono e depredação dos cerca de 1.300 abrigos para passageiros dos coletivos urbanos com cobertura de João Pessoa preocupa a população, que depende do transporte público e sente falta de um local adequado para esperá-los.

Aguardando o ônibus no Parque Sólon de Lucena, na Lagoa, com destino à Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde cursa Geografia, o estudante Thiago Araújo Felipe da Silva critica a falta de estrutura das paradas de ônibus no local. “Acho absurda a quantidade de papel colado um por cima do outro nas paradas, além da poluição visual, que deixa a Lagoa horrível", diz Thiago.

Para a dona de casa, Gerlane de Brito Evangelista, é preciso que a Prefeitura de João Pessoa seja mais radical na fiscalização e controle da qualidade das paradas de ônibus. “Quando encontramos uma parada meio inteira, não tem como sentar nos bancos por causa da sujeira, sem falar nas pichações, cartazes colados e rasgados e os ferros destruídos pelos vândalos”, afirma.

Gerlane de Brito atribui o vandalismo aos adolescentes que costumam sair da escola mais cedo pela falta de aulas e acabam ficando com tempo ocioso nas ruas.

“Eles gazeiam ou ficam livre da escola mais cedo só para aprontar na rua. Basta ir nas escolas inauguradas pela Prefeitura este ano pra ver o estado que já estão. São verdadeiros marginais”, disse Gerlane Brito.

SEMOB
O diretor de Planejamento da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob), Adalberto Araújo, explicou que, no que se refere às pichações, cartazes colados nas paradas de ônibus, a Semob pretende responsabilizar os autores, já que muitos deles deixam telefones nos anúncios que facilitam a sua localização.

“No que se refere ao vandalismo, infelizmente, só se pegarmos em flagrante”, comentou o diretor de Planejamento da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa.




CG: gastos de R$ 80 mil por ano


Pichações, quebras de bancos e de piquetes, custam mais de R$ 6 mil por mês, prejudicando um dos serviços essenciais da população
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A ação dos vândalos nas paradas de ônibus tem causado um prejuízo para os cofres da administração pública de Campina Grande. Segundo a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), são gastos cerca de R$ 80 mil por ano para recuperar os abrigos que servem de embarque e desembarque de passageiros. Contando com 2.820 paradas distribuídas nos 49 bairros da cidade, onde passam 38 linhas urbanas e quatro distritais, as pichações, quebras de bancos e de piquetes que indicam onde o veículo deve parar custam mais de R$ 6 mil por mês, prejudicando um dos serviços essenciais da população.

Segundo Salomão Augusto, superintendente da STTP, os bairros mais periféricos são os alvos mais comuns dos vândalos. “Nós temos cerca de 30% das paradas com abrigos, mas as ações de vandalismo contribuem para que tenhamos um prejuízo enorme.

Nós chegamos a fazer até seis manutenções nos abrigos e 20 substituições dos piquetes, tudo isso por semana, o que representa um gasto que poderia ser evitado”, destacou Salomão.

Os bairros onde há mais ocorrências de manutenção é o das Malvinas e o das Cidades, que além de serem os preferidos para colocar propagandas irregulares, serem pichados e quebrados, são onde há mais danificação e roubo de placas de trânsito. De acordo com Marília Santiago, gerente de Trânsito da STTP, o próximo passo será fazer um levantamento de quantas placas já foram substituídas esse ano. (Givaldo Cavalcanti)

http://jornaldaparaiba.com.br/

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